Vejam que matéria bem legal, para utiliar o whisky no verão. Espero que gostem.
Estamos naquela época do ano. É janeiro, está calor e faz sol. A combinação perfeita entre a falta de trabalho e a inclinação climática ideal para ir à praia. E o meu Instagram não deixa dúvidas, todos estão bronzeados, felizes e devidamente alcoolizados neste incivilizado calor infernal.
Quatro Coquetéis (com whisky) para o Verão
Estamos naquela época do ano. É janeiro, está calor e faz sol. A combinação perfeita entre a falta de trabalho e a inclinação climática ideal para ir à praia. E o meu Instagram não deixa dúvidas, todos estão bronzeados, felizes e devidamente alcoolizados neste incivilizado calor infernal.
Todos, menos eu. Primeiro porque eu não fico bronzeado – eu fico queimado mesmo, tipo um leitão que ficou muito tempo no forno. E o calor insiste em atrapalhar minha felicidade que passa, em grande parte, pelo conforto térmico. Pelo conforto térmico e pela possibilidade de beber algo mais acalentador. Como whisky. Porque beber whisky é bom em qualquer temperatura, mas é bem melhor quando está frio.
E aí, longe da praia e transpirando, penso em alternativas para tomar minha bebida preferida sem recorrer ao gelo ou congelador. E a melhor saída, é, sem nenhuma dúvida, a coquetelaria. A coquetelaria é quase uma espécie de bruxaria que consegue tornar completamente palatável até o mais defumado e alcoólico whisky, mesmo na temperatura do inferno dantesco.
Se você é como eu, talvez este post lhe seja de utilidade. Aí vão três drinks já revistos nestas páginas – e um inédito – para lhe refrescar nesta época tão ruborizante. Os links levarão às receitas de cada um.
MINT JULEP
Talvez o coquetel que leva whiskey mais refrescante de todos. É quase como água com hortelã que você toma naquelas festas chiques, mas com um ingrediente especial. Whiskey. O que o torna muito melhor do que aquela água com hortelã, claro.
O Mint Julep se popularizou em 1875, quando o Kentucky Derby, a mais famosa corrida de cavalos do mundo, foi criada. Em 1938 ele tornou-se o drink oficial do evento. Seu sucesso reside, em grande parte, na facilidade de preparo e na sua suavidade. Preparar um mint julep é quase tão rápido quanto percorrer um quarto de milha com um cavalo campeão, mas muito mais fácil.
PENICILLIN
O Penicillin, assim como o Mint Julep, também tem um primo não alcoólico. Neste caso, aquele remédio para garganta da sua avó, com mel, limão e gengibre. Ele é, na verdade, um duplo upgrade daquela panaceia, por levar dois tipos de whisky. O primeiro, algum blended scotch whisky. O outro, um whisky defumado – que, na receita original, é o single malt Laphroaig.
Ao contrário do Julep, no entanto, o Penicillin é um coquetel bastante jovem. Ele foi criado pelo bartender Sam Ross em 2005, em Nova Iorque, e alcançou fama mundial em menos de uma década. E não é para menos. O Penicillin é um dos coquetéis preferidos deste Cão, e a prova de que tudo fica melhor com whisky.
GREEN GIMLET
O Green Gimlet é a variação com whisky de um coquetel bastante conhecido. O Gimlet. A receita original leva gim, e teria sido criada por um almirante da marinha inglesa, Sir Thomas Desmond Gimlette. A intenção seria prevenir o escorbuto, resultante da falta de vitamina C no corpo. Como é de se esperar da criação de alguém que passava a maioria de seu tempo em um navio sob um sol insuportável e calor infernal, o Gimlet é um drink bem refrescante.
A receita que você poderá conferir leva scotch whisky ao invés do gim. Ela foi criada por Michel Dozois. Talvez este nome não lhe soe familiar. Mas, se você é fã de Mad Men, saiba que Michel é o responsável por ter produzido os cubos de gelo que aparecem nos copos de Don Draper. É isso mesmo, a série tem um profissional cem por cento dedicado à produção de gelo.
LIL’ IRISH
Se você está disposto a testar coisas novas, este coquetel é para você. Ele foi criado por Fernando Lisboa, bartender e consultor em coquetelaria no tempo livre para este infame blog. De acordo com ele, em um momento de moderada ponderação: Esse é um drink para se tomar em festa. E dá para tomar um balde dele.
E quem discordaria desta peça de sabedoria?
INGREDIENTES
- 60ml jameson
- 15ml xarope de alecrim
- 80ml suco de pera
- Limao siciliano espremido a francesa
PREPARO
Para o xarope de Alecrim
Aqui você tem duas alternativas. Uma delas é fazer duas fervuras. A primeira será algo muito semelhante a um chá de alecrim. Adicione alguns ramos em uma panela com 1 (um) litro de água e leve ao fogo. Deixe ferver por alguns minutos. Retire os ramos e deixe esfriar um pouco. Adicione então pouco menos do que 1kg de açúcar (note que a proporção para o xarope é de um para um, considerando a evaporação por conta da primeira fervura). Aqueça novamente, até que a calda fique translúcida. Isso é bem antes do ponto de fio. Fique de olho.
A outra alternativa é bater tudo em um liquidificador. Então, adicione os ramos de alecrim e o quilo de açúcar. Depois, adicione um litro de água fervendo e bata até que o alecrim tenha sido completamente triturado. Agora vem a parte difícil – você precisará coar a calda até que os resquícios maiores das folhas do alecrim sumam. Uma peneira talvez dê conta do recado, mas talvez seja necessário usar gaze ou mesmo filtro de café.
Para o coquetel
Em um copo alto – highball – adicione bastante gelo, um ramo de alecrim, o jameson, o xarope e o suco de pera. Mexa suavemente. Pegue 1/4 de um limão e esprema sobre o coquetel. Depois, derrube a fatia dentro do copo.
Fonte: www.ocaoengarrafado.com.br
Fonte: www.ocaoengarrafado.com.br